domingo, 16 de março de 2008

~>Introdução

Quando pensamos em radiação, logo nos vem à lembrança o poder destruidor das bombas atômicas ou o perigo das usinas nucleares. Mas a fonte mais comum de radiação é a própria luz solar. No cotidiano, estamos em contato com várias outras fontes de radiação: refrigeradores, secadores, microondas etc. Outras fontes são geradas pela emissão de ondas de rádio, televisão e celular. Existem radiações ionizantes e não ionizantes.

Ou então a mutação pode ser para melhor, causando a evolução da espécie!Radiações ionizantes, no contexto biológico, são aquelas capazes de ejetar os elétrons orbitais dos átomos de C, H, O e N. A quantidade de energia depositada por uma radiação ionizante ao atravessar um material depende da natureza química do material e de sua massa específica. É importante ressaltar que a absorção de radiações ionizantes pela matéria é um fenômeno atômico e não molecular.
A transferência linear de energia (TLE) é a grandeza utilizada para caracterizar a interação das radiações ionizantes com a matéria. É definida como "a quantidade de energia dissipada por unidade de comprimento da trajetória" e pode ser expressa em KeV/mm. As radiações ionizantes de natureza eletromagnética são os raios-X (originado nas camadas eletrônicas) e os raios-g (originados no núcleo atômico). As radiações ionizantes de natureza corpusculares mais utilizados são os elétrons, as partículas alfa, nêutrons e prótons.
A energia de uma radiação pode ser transferida para o DNA modificando sua estrutura, o que caracteriza o efeito direto. Efeitos indiretos ocorrem em situações em que a energia é transferida para uma molécula intermediária (água, por exemplo) cuja radiólise acarreta a formação de produtos altamente reativos, capazes de lesar o DNA.
Podem acontecer duas coisas a principio: uma é que a radiação pode matar as células, pois a radiação pode causar mutações no DNA, e se o dano for tal que o DNA não possa mais se replicar ocorre então à morte celular. A outra é que a radiação pode fazer uma mutação no DNA e este se replicar. Se a célula se multiplicar descontroladamente pode virar um tumor.

~>Contexto histórico

O descobrimento da radioatividade por Henri Besquerel foi uma conseqüência do descobrimento dos raios-X (Wilhelm Curando Rontgen- 1895). Estudando os efeitos da exposição dos raios-X sobre vários materiais fosforescentes observou que algumas substancias, principalmente o urânio, emitem espontaneamente uma radiação a natureza parecida com o raios-X. Depois de ganhar prêmios com isso sofreu queimaduras depois de levar partículas de Rádio em seu bolso do casaco.
Mas foi Marie Curie que deu nome a descoberta de radioatividade e criou, junto com seu marido Pierre, um instrumento para medir a radioatividade. Dedicando sua vida a essas pesquisas. Morreu com câncer provocado pelas radiações.
Finalizando as descobertas Lord Rotherford estabeleceu que as substâncias radioativas pudessem ser de três tipos.

~>Tipos de radiação

Radiação não ionizanteSão radiações de baixa freqüência: luz visível, infravermelho, microondas, freqüência de rádio, radar, ondas curtas e ultrafreqüências (celular). Embora esses tipos de radiação não alterem os átomos, alguns, como as microondas, podem causar queimaduras e possíveis danos ao sistema reprodutor. Campos eletromagnéticos, como os criados pela corrente elétrica alternada a 60 Hz, também produzem radiações não ionizantes.
Radiação ionizanteSão as mais perigosas e de alta freqüência: raios X, raios Gama (emitidos por materiais radiativos) e os raios cósmicos. Ionizar significa tornar eletricamente carregado. Quando uma substância ionizável é atingida por esses raios, ela se torna carregada eletricamente. Quando a ionização acontece dentro de uma célula viva, sua estrutura química pode ser modificada. A exposição à radiação ionizante pode danificar nossas células e afetar o nosso material genético (DNA), causando doenças graves, levando até à morte.
Radiações Ionizantes Alfa (a), Beta (ß) e Gama (g).

1. Radiação Alfa (a)
As partículas Alfa são constituídas por 2 prótons e 2 nêutrons, isto é, o núcleo de átomo de hélio (He). Quando o núcleo as emite, perde 2 prótons e 2 nêutrons.
As partículas Alfa, por terem massa e carga elétrica relativamente maior, podem ser facilmente detidas, até mesmo por uma folha de papel; elas em geral não conseguem ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de uma pessoa, sendo assim praticamente inofensivas. Entretanto podem ocasionalmente, penetrar no organismo através de um ferimento ou por aspiração, provocando, nesse caso lesões graves. Tem baixa velocidade comparada a velocidade da luz (20 000 km/s).

2.
Radiação Beta (ß)
As partículas Betas são elétrons emitidos pelo núcleo de um átomo instável. Em núcleos instáveis betas emissores, um nêutron pode se decompor em um próton, um elétron e um antineutrino permaneçam no núcleo, um elétron (partícula Beta) e um antineutrino são emitidos.
Assim, ao emitir uma partícula Beta, o núcleo tem a diminuição de um nêutron e o aumento de um próton. Desse modo, o número de massa permanece constante.
As partículas Betas são capazes de penetrar cerca de um centímetro nos tecidos, ocasionando danos à pele, mas não aos órgãos internos, a não ser que sejam ingeridas ou aspiradas. Têm alta velocidade, aproximadamente 270 000 km/s.

3.
Radiação Gama (g)
Ao contrário das radiações Alfa e Beta, que são constituídas por partículas, a radiação gama é formada por ondas eletromagnéticas emitidas por núcleos instáveis logo em seguida à emissão de uma partícula Alfa ou Beta.
É importante dizer que, das várias ondas eletromagnéticas (radiação gama, raios-X, microondas, luz visível, etc.), apenas os raios gama são emitidos pelos núcleos atômicos.
As radiações Alfa, Beta e Gama possuem diferentes poderes de penetração, isto é, diferentes capacidades para atravessar os materiais.
Assim como os raios-X os raios gama são extremamente penetrantes, sendo detido somente por uma parede de concreto ou metal. Têm altíssima velocidade que se igual à velocidade da luz (300 000 km/s).

4.
Raios-X
Os raios-X que não vêm do centro dos átomos, como os raios Gama. Para obterem-se raios-X, uma máquina acelera elétrons e os faz colidir contra uma placa de chumbo, ou outro material. Na colisão, os elétrons perdem a energia cinética, ocorrendo uma transformação em calor (quase a totalidade) e um pouco de raios-X.
Estes raios interessantes atravessam corpos que, para a luz habitual, são opacos. O expoente de absorção deles é proporcional à densidade da substância. Por isso, com o auxílio dos raios X é possível obter uma fotografia dos órgãos internos do homem. Nestas fotografias, distinguem-se bem os ossos do esqueleto e detectam-se diferentes deformações dos tecidos brandos.
A grande capacidade de penetração dos raios X e as suas outras particularidades estão ligadas ao fato de eles terem um comprimento de onda muito pequeno.

~>Danos ao organismo

O maior risco da radiação ionizante é o câncer! Ela também pode provocar defeitos genéticos nos filhos de homens ou mulheres expostos. Os danos ao nosso patrimônio genético (DNA) podem passar às futuras gerações. É o que chamamos de mutação. Crianças de mães expostas à radiação durante a gravidez podem apresentar retardamento mental.
A exposição a grande quantidade de radiação é rara e pode causar doenças em poucas horas e até a morte. A maioria do conhecimento sobre os riscos da radiação ionizante se baseia nos estudos feitos com os 100 mil sobreviventes da barbárie praticada pelos norte-americanos na 2ª guerra mundial, com a explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão.
Fora das guerras, o perigo nuclear está, principalmente, nos riscos operacionais das usinas. Os maiores problemas são os rejeitos radioativos, que podem contaminar o solo e seus lençóis d’água e o risco de vazamento. O vazamento da Usina de Tchernobyl, em 1986, na antiga União Soviética, fez milhares de vítimas. Em 1979, houve vazamento na usina de Three Miles Islands, nos EUA.
No Brasil, um acidente em Goiânia, em 1987, levou à morte várias pessoas que tiveram contato com uma ampola contendo Césio-147, encontrada num lixo hospitalar.
Quanto maior a dose de radiação recebida por uma pessoa, maior a chance dela desenvolver câncer. A maioria dos tipos de câncer só aparece muitos anos depois da dose de radiação ser recebida (tipicamente de 10 a 40 anos).
Qualquer atividade que explore, manipule, produza ou utilize material radioativo gera resíduos radioativos, principalmente mineração de produtos radioativos e geração de energia nuclear. Vários processos industriais, atividades militares, e pesquisas científicas, além de setores da medicina e odontologia, geram subprodutos que incluem resíduos radioativos.

~>Efeitos somáticos e hereditários
As conseqüências das radiações para os humanos são muitas e variáveis, dependendo dos órgãos e sistemas atingidos. De um modo geral os efeitos são divididos em efeitos somáticos e efeitos hereditários.
Efeitos somáticos: Os efeitos somáticos surgem de danos nas células do corpo, e apresentam-se apenas em pessoas que sofreram a irradiação, não interferindo nas gerações posteriores.
Os efeitos que ocorrem logo após (poucas horas a semanas) uma exposição aguda são chamados de imediatos. Os efeitos que aparecem depois de anos ou décadas são chamados tardios.
A gravidade dos efeitos somáticos dependerá basicamente da dose recebida e da região atingida. Isso se deve ao fato de que diferentes regiões do corpo reagem de formas diferentes ao estímulo da radiação. Alguns exemplos de efeitos somáticos imediatos produzidos por exposição radioativa aguda (doses elevadas, da ordem de Grays) são:
Sistema hematopoiético: leucopenia, anemia, trombocitopenia etc.
Sistema vascular: obstrução dos vasos, fragilidade vascular etc.
Sistema gastrintestinal: secreções alteradas, lesões na mucosa etc.
Os efeitos somáticos tardios são difíceis de distinguir, pois demoram a aparecer e não se sabe ao certo se a patologia se deve à exposição radioativa ou ao processo de envelhecimento natural do ser humano. Por esta razão a identificação dos efeitos tardios causados pelas radiações só podem ser feitos em situações especiais.
Experimentos com animais permitem, com alguma incerteza, descrever os efeitos tardios causados pela radiação, tais como radiocarcinogênese, modificações na duração da vida média e alterações no crescimento e no desenvolvimento, especialmente na embriogênese.
Efeitos hereditários: Os efeitos hereditários ou genéticos surgem somente no descendente da pessoa irradiada, como resultado de danos por radiações em células dos órgãos reprodutores, as gônadas.
Estes efeitos são estudados usando camundongos como cobaias e seus resultados podem ser extrapolados para a espécie humana. Os efeitos genéticos nos camundongos dependem, além de outros fatores:
Da dose de radiação, existindo uma relação linear entre esta e a intensidade do efeito.
Da taxa de fracionamento de dose, dependendo de serem ou não reparáveis as lesões provocadas pelas radiações.
Da qualidade da radiação, sendo os nêutrons os mais eficientes para provocar a mutagênese, os raios-X ou gama.
Na espécie humana ainda não foi possível demonstrar a mutagênese radioinduzida, devido fatores como a dimensão reduzida da população irradiada, o tempo necessário para a obtenção de cada geração, dificuldades de dosimetria etc.

~> Efeitos de Altas Doses.
Efeitos de Altas Doses
Dose (Rad)
Efeitos Observados
15--25
Mudança na contagem sanguínea do grupo
50
Mudança na contagem sanguínea de um indivíduo
100
Vômito (limiar)
150
Morte (limiar)
320--360
DL 50/30* com cuidado mínimo
480--540
DL 50/30* com cuidados médicos
1.100
DL 50/30* com cuidados médicos intensivos (transplante de medula)
*DL 50/30 é a dose letal em que 50% dos expostos àquela dose morrerão dentro de 30 dias.
A informação desta tabela foi retirada da NCRP Report No. 89 “Guidance on Radiation Received in Space Activities," 1989. Na tabela, os valores de dose são o limiar para início do efeito observado em pessoas mais sensíveis à exposição.
Às vezes é difícil entender por que algumas pessoas morrem, enquanto outras sobrevivem depois de serem expostas à mesma dose de radiação. A principal razão para isto é a saúde dos indivíduos quando expostos e quais são suas capacidade individuais em combater os efeitos incidentais da exposição à radiação, bem como suas sensibilidades a infecções.
Além da morte, há outros efeitos de dose de alta radiação.

Perda de Cabelo (epilação). É similar aos efeitos na pele e ocorre depois de doses agudas de cerca de 500 Rad.
Esterilidade. Pode ser temporária ou permanente em homens, dependendo da dose. Em mulheres, é geralmente permanente, mas para isto requerem-se doses altíssimas, da ordem de 400 Rad nas células reprodutivas.
Cataratas (turvamento da lente do olho). Surgem para um limiar de dose de 200 Rad. Os nêutrons são especialmente relacionados com as cataratas, devido ao fato do olho conter água e esta ser absorvedora de nêutrons.
Síndrome Aguda de Radiação. Se vários tecidos importantes e órgãos são danificados, pode-se produzir uma reação aguda. Os sinais iniciais e sintomas de SAR são: náusea, vômito, fadiga e perda de apetite. Abaixo de 150 Rad, estes sintomas que são diferentes daqueles produzidos por uma infecção viral podem ser a única indicação externa de exposição à radiação. Acima de 150 Rad, uma das três síndromes de radiação se manifesta dependendo do nível da dose.

~> Efeitos In-Utero em Embriões/Fetos
Os efeitos podem ser:
Morte intra-uterina
Retardamento no crescimento
Desenvolvimento de anormalidades
Cânceres na infância

~> Respostas às radiações em diferentes sistemas do corpo humano
A ação das radiações no organismo humano produz uma série de efeitos, que representam danos diferentes para cada região afetada. Os tecidos mais sensíveis à radiação são os da medula óssea, tecido linfóide, dos órgãos genitais, os do sistema gastrintestinal e do baço. A pele e os pulmões mostram sensibilidade média, enquanto que os músculos, tecidos neuronais e os ossos plenamente desenvolvidos são os menos sensíveis. A seguir, um resumo dos sintomas clínicos, relativos aos efeitos biológicos imediatos mais prováveis na irradiação de corpo inteiro, com doses agudas de radiação:

Sangue. Os glóbulos brancos do sangue são as primeiras células a serem destruídas pela exposição, provocando leucopenia e reduzindo a imunidade do organismo. Uma semana após uma irradiação severa as plaquetas começam a desaparecer, e o sangue não coagula. Sete semanas após começa a perda de células vermelhas, acarretando anemia e enfraquecimento do organismo.
Sistema linfático. O baço constitui a maior massa de tecido linfático, e sua principal função é a de estocar as células vermelhas mortas do sangue. As células linfáticas são extremamente sensíveis à radiação e podem ser danificadas ou mortas quando expostas.
Canal alimentar. Os primeiros efeitos da radiação é a produção de secreção e descontinuidade na confecção de células. Os sintomas são náuseas, vômitos e úlceras no caso de exposição muito intensa.
Glândula Tireóide. Essa glândula não é considerada sensível à radiação externa, mas concentra internamente iodo-131 (radioativo) quando ingerido, o que causa o decréscimo da produção de tiroxina. Como conseqüência, o metabolismo basal é diminuído e os tecidos musculares deixam de absorver o oxigênio necessário.
Sistema urinário. A existência de sangue na urina, após uma exposição, é uma indicação de que os rins foram atingidos severamente. Danos menores nos rins são indicados pelo aumento de aminoácidos na urina.
Ossos. A radiação externa tem pequena influência sobre as células dos ossos, fibras e sais de cálcio, mas afeta fortemente a medula vermelha.
Olhos. Ao contrário de outras células, as das lentes dos olhos não são auto-recuperáveis. Quando estas células são danificadas ou morrem, há formação de catarata, ocorrendo perda de transparência dessas células. Os nêutrons e raios g são os maiores indutores de catarata.
Órgãos reprodutores. Doses grandes de radiação podem produzir esterilidade, tanto temporariamente como permanente. A sensibilidade de gestantes é maior entre o 7o e o 9o mês de gestação. Nas mulheres grávidas que foram expostas às radiações no Japão durante o episódio em que duas bombas atômicas foram lançadas sobre aquele país, houve um aumento significativo de partos retardados e mortes prematuras.

~> Respostas Biológicas as Altas Doses.
< 5 Rad
Nenhum efeito imediato é observado
5--50 Rad
Ligeira variação na contagem do sangue
50--150 Rad
Ligeira variação na contagem do sangue e sintomas de náusea, vômito, fadiga, etc.
150--1. 100 Rad
Severas mudanças no sangue serão notadas e os sintomas aparecem imediatamente. Aqueles expostos a 300-500 Rad, até a metade morrerão dentro de 30 dias sem tratamento médico intensivo. A morte ocorre devido à destruição dos órgãos formadores do sangue. Sem glóbulos brancos, as infecções aparecem. Na margem superior desta faixa, é necessário um transplante de medula.
1.000--2.000 Rad
A probabilidade de morte aumenta para 100% dentro de 1 ou 2 semanas. Os sintomas iniciais aparecem imediatamente. Poucos dias depois, há uma piora drástica, devido à destruição do sistema gastrintestinal. Uma vez que o sistema gastrintestinal pára de funcionar, nada pode ser feito e o tratamento médico é apenas um paliativo para a dor.
> 2.000 Rad
A morte é uma certeza. Em doses acima de 5.000 Rad, o sistema nervoso central (cérebro e músculos) não consegue mais controlar as funções corporais, como respiração e circulação sanguínea. A morte ocorre dentro de dias ou horas. Nada pode ser feito.
Nada pode ser feito se a dose for muito alta e destruir o sistema gastrintestinal e o sistema nervoso central. Por isto, nem sempre um transplante de medula é bem sucedido.

~> Como se proteger.
O princípio básico da proteção radiológica ocupacional (Princípio ALARA) estabelece que todas as exposições devem ser mantidas tão baixas quanto possível. As doses individuais (trabalhadores e indivíduos do público) não devem exceder os limites anuais estabelecidos pela norma (NE 3.01 - Diretrizes Básicas de Radioproteção) da Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Os trabalhadores nessas atividades têm o direito de receber equipamentos especiais de proteção (aventais e protetores de glândulas) e monitores individuais (dosímetros) para medir a radiação no ambiente de trabalho. O direito é assegurado em convenções internacionais e pela legislação brasileira. Eles também têm direito a aposentadoria especial.

~>Tratamentos

Radioterapia
Consistem na utilização da radiação gama, raios X ou feixes de elétrons para o tratamento de tumores, eliminando células cancerígenas e impedindo o seu crescimento. O tratamento consiste na aplicação programada de doses elevadas de radiação, com a finalidade de atingir as células cancerígenas, causando o menor dano possível aos tecidos sãos intermediários ou adjacentes.



Braquiterapia
Trata-se de radioterapia localizada para tipos específicos de tumores e em locais específicos do corpo humano. Para isso são utilizadas fontes radioativas emissoras de radiação gama de baixa e média energia, encapsuladas em aço inox ou em platina, com atividade da ordem das dezenas de Curies. A principal vantagem é devido à proximidade da fonte radioativa afeta mais precisamente as células cancerígenas e danifica menos os tecidos e órgãos próximos.


Radioisótopos
Existem terapias medicamentosas que contêm radioisótopos que são administrados ao paciente por meio de ingestão ou injeção, com a garantia da sua deposição preferencial em determinado órgão ou tecido do corpo humano. Por exemplo, isótopos de iodo para o tratamento do cancro na tiróide.

~>Curiosidades

*Um embrião também pode sofrer radiações, pois está em constante divisão celular e caso a mãe esteja contaminada o filho poderá nasce com mutações.
*Um bactéria tem capacidade ser ficar imune às radiações e ajudar nos avanços tecnológicos no mapeamento do código genético
* Unidades de Atividade e Exposição
A atividade de uma amostra com átomos radioativos (ou fonte radioativa) é medida em:
1 Bq (Becquerel) = uma desintegração por segundo
1 Ci (Curie) = 3,7 x 1010 Bq
1 Sievert = 100 rem
1 Gray = 100 rad

~>Bibliografia